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10 clássicos curtos para ler em menos de 24 horas

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10 clássicos curtos para ler em menos de 24 horas

by Eduardo Aranha

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Felizmente, hoje variedade não falta no que diz respeito a literatura. Num mercado editorial que nos coloca todas as semanas novidades literárias nas bancas, torna-se fácil cair na tentação de comprar livros fresquinhos, com histórias contemporâneas que nos fazem usufruir de bons momentos de entretenimento.

No entanto, será que não está na altura de prestar um pouco mais de atenção aos clássicos? Não é propriamente fácil definir o que é um clássico da literatura. A meu ver, trata-se de uma obra sobre a vida humana que tenha sobrevivido ao tempo e seja assinada por autores que, de alguma forma, se tenha inserido na cultura popular. Nomes como Agatha Christie, Gabriel García Marquez e Franz Kafka são bem conhecidos de todos nós mesmo que nunca tenhamos lido uma páginas das suas obras.

Por que são conhecidos? Porque são clássicos e fazem parte da nossa cultura.

Esperando estimular o gosto pela literatura e reavivar clássicos da literatura que parecem esquecidos, decidimos trazer até si uma lista de 10 livros curtos que pode ler em menos de 24 horas. Se procura pôr as suas leituras em dia ou deseja aprimorar o seu currículo literário, então os livros que se seguem são uma sugestão a seguir.

10 clássicos curtos para ler em menos de 24 horas

Crónica de uma morte anunciada – Gabriel García Márquez

Vítima da denúncia falaciosa de uma mulher repudiada na noite de núpcias, o jovem Santiago Nasar foi condenado à morte pelos irmãos da sua hipotética amante, como forma de vingar publicamente a sua honra ultrajada e sob o olhar cúmplice ou impotente da população expectante de uma aldeia colombiana: é esta a história verídica que serve de base a este romance, e que, logo nas suas primeiras linhas, é enunciada. Um livro que prova a mestria de Gabriel García Márquez  em contar histórias fazem deste romance mais uma das obras-primas que consagraram definitivamente este autor.

Uma rua de Roma – Patrick Modiano

Uma rua de Roma é a saga de um homem que sofre de amnésia total. Para tentar desvendar o seu passado, sai à procura de pessoas que lhe possam oferecer pistas acerca da sua identidade, como uma espécie de historiador ou, mais precisamente, um detetive de si mesmo. Com efeito, Modiano apropria-se de alguns dos recursos narrativos da literatura e do film noir, retrabalhando-os com rara inteligência na insólita procura do protagonista pela própria identidade. Aproveitando-se do fato de o protagonista, Guy Roland, ser um detetive particular, Modiano insere-o em ambientes característicos da narrativa policial.

E não sobrou nenhum – Agatha Christie

Uma ilha misteriosa, um poema infantil, dez soldadinhos de porcelana e muito suspense são os ingredientes com que Agatha Christie constrói um dos seus romances mais importantes. Na ilha do Soldado, antiga propriedade de um milionário norte-americano, dez pessoas sem nenhuma ligação aparente são confrontadas por uma voz misteriosa com fatos marcantes de seus passados. Convidados pelo misterioso Mr. Owen, ninguém sabe o porquê do convite. Entretanto, já na primeira noite, o mistério e o suspense abatem-se sobre eles e, num instante, todos são suspeitos, todos são vítimas e todos são culpados.

Buracos Negros – Stephen Hawking

Em palestras emblemáticas, o lendário físico Stephen Hawking discorre sobre as complexidades que rodeiam um dos mais fascinantes mistérios do universo. Em 2016 Stephen Hawking participou na série de palestras BBC Reith Lectures, promovida pela rede de televisão britânica BBC e transmitida pela rádio BBC 4. A cada ano uma figura proeminente da sua área é convidada a discorrer sobre temas relevantes. Naqueles meses de janeiro e fevereiro, Hawking falou sobre um assunto que há décadas ocupa lugar de destaque em suas pesquisas: os buracos negros.

A quinta dos animais – George Orwell 

 

À primeira vista, A quinta dos animais situa-se na linhagem dos contos de Esopo, de La Fontaine e de outros que nos encantaram a infância. Tal como os seus predecessores, Orwell escreveu uma fábula, uma história personificada por animais. Mas há nesta fábula algo de inquietante. Classicamente, atribuir aos animais os defeitos e os ridículos dos humanos, se servia para censurar a sociedade, servia igualmente para nos tranquilizar, pois ficavam colocados à distância, “no tempo em que os animais falavam”, os vícios de todos nós e as sua funestas consequências.

Fahrenheit 451 – Ray Bradbury

O sistema era simples. Toda a gente compreendia. Os livros deviam ser queimados, juntamente com as casas onde estavam escondidos…  Guy Montag era um bombeiro cuja tarefa consistia em atear fogos, e gostava do seu trabalho. Era bombeiro há dez anos e nunca questionara o prazer das corridas à meia-noite nem a alegria de ver páginas consumidas pelas chamas… Nunca questionara nada até conhecer uma rapariga de dezassete anos que lhe falou de um passado em que as pessoas não tinham medo. E depois conheceu um professor que lhe falou de um futuro em que as pessoas podiam pensar.

A morte e a morte de Quincas Berro d’Água – Jorge Amado 

Escrita em 1959, esta pequena obra-prima de concisão narrativa e poética é tida por muitos como uma das mais extraordinárias novelas do Brasil.  Numa prosa inebriante, que tangencia o fantástico sem perder o olhar aguçado para as particularidades da sociedade baiana, Jorge Amado narra a história das várias mortes de Joaquim Soares da Cunha, vulgo Quincas Berro Dágua, cidadão exemplar que a certa altura da vida decide abandonar a família e a reputação ilibada para juntar-se à malandragem da cidade.

A metamorfose – Franz Kafka

Franz Kafka é um dos mais carismáticos autores do século XX.
O corpo das suas obras destaca-se entre as mais influentes da literatura deste século. Os seus temas por excelência centram-se em torno do absurdo, da alienação, da obsessão e da culpa que geram nas suas personagens um sentimento de estranhamento. As suas obras definem uma boa parte do que ainda hoje se considera como literatura moderna e é considerado um precursor do realismo mágico.

Antígona – Sófocles

A peça Antígona faz parte da trilogia tebana de Sófocles e é uma das peças mais belas e universais que podemos conhecer. Composta por volta de 442 a.C, é cronologicamente a terceira peça da sequência que o dramaturgo criou: Édipo Rei, Édipo em Colono e Antígona. A personagem que leva o nome do título é filha de Édipo, e irmã de Etéocles e Polinice. Antígona é a tragédia da boa filha que morreu por obedecer aos mandamentos divinos em contraposição à vontade despótica de um tirano. O seu tema preferido, como o de toda a tragédia grega, era o destino. Sófocles, embora tivesse o homem como o centro do mundo, acreditava no poder dos deuses e na predestinação.

A morte de Ivan Ilitch – Lev Tolstói

A morte de Ivan Ilitch, publicada em 1886, foi a primeira obra literária que Tolstói escreveu após regressar às letras. Hoje, continua a tratar-se de um dos textos mais impressionantes de todos os tempos. Considerada por Nabokov como uma das obras máximas da literatura russa, A morte de Ivan Ilitch é um texto surpreendente sobre a morte, que nos deixa a pensar no sentido da vida.

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Comments

  • Marina Maria Ribeiro
    23 February, 2019

    Ótima sugestão de 10 clássicos da literatura, vou reler alguns deles!

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