Estocolmo: o livro de Sérgio Godinho que explora a mente humana
Estocolmo. Este é o título do segundo romance de Sérgio Godinho, um thriller envolvente e carregado de desejo e sexo – em torno de uma história de dominação e perversidade. Um retracto duro de sujeição e prazer – e de todas as ambiguidades que quase sempre comportam as relações amorosas.
Apenas 2 anos depois de Coração Mais Que Perfeito, Sérgio Godinho traz-nos a história de uma vítima de sequestro que se apaixona pela sequestradora.
Uma história que junta um inquilino (jovem estudante) e a sua senhoria (conhecida figura pública, pivot do telejornal das oito). Com um ritmo alucinante e um registo que nos deixa sem fôlego, o autor leva-nos, capítulo a capítulo, numa viagem que marca o seu lugar como romancista.
Sinopse do livro Estocolmo de Sérgio Godinho
Quando Vicente responde ao anúncio de um quarto para alugar, descobre que a senhoria é Diana Albuquerque, a célebre pivô do telejornal das oito. A estupefação inicial do estudante – assim que ela lhe abre a porta – rapidamente se transforma numa forte atração mútua. Diana tem o dobro da idade de Vicente, mas é bela, sensual e respira aquela serena autoridade que con-quista o espectador mais renitente. Vicente muda-se para casa de Diana, ocupando o quarto no sótão; e Diana ocupa-lhe a cama.
Mas não é apenas a mulher complexa e carente que depressa mostra ser; fazendo jus ao nome, Diana é também uma predadora. E, uma manhã, Vicente acorda para a estranha realidade de estar trancado no seu novo quarto. É vítima de seques-tro, mas está apaixonado pela sua sequestradora. Finalmente, a entrada em cena da mãe de Diana – tão bela quanto a filha – vai mudar tudo.
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Quem é Sérgio Godinho?
Sérgio Godinho nasceu no Porto e aí viveu até aos vinte anos, altura em que saiu de Portugal.
Estudou Psicologia em Genève (Suíça) durante dois anos, antes de tomar a decisão «para a vida» de se dedicar às artes. Foi ator de teatro e começou a exercitar a escrita de canções nos finais dos anos 1960. É de 1971 o seu primeiro álbum, Os Sobreviventes, seguido de mais trinta até aos dias de hoje.
Sérgio Godinho é um dos músicos portugueses mais influentes dos últimos 45 anos. Sobre si próprio disse: “Não vivo se não criar, não crio se não viver. Essa balança incerta sempre foi a pedra de toque da minha vida.”
O seu percurso espelha, precisamente, essa poderosa interação entre a vida e a arte. Voz polifónica, Sérgio Godinho levou frequentemente a sua escrita a outras paragens.
Guiões de cinema (Kilas, o Mau da Fita), peças de teatro (Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Eles!), séries de televisão, histórias infantojuvenis (O Pequeno Livro dos Medos), poesia (O Sangue por Um Fio), crónicas (Caríssimas Quarenta Canções), entre vários exemplos.
Estreou-se na ficção com Vidadupla, um conjunto de contos publicado em 2014, a que se seguiu o seu primeiro romance, Coração Mais Que Perfeito, e agora Estocolmo.
Ainda em 2018, Sérgio Godinho editou Nação Valente, um disco em que o cantautor apresenta de novo o conforto e inquietação que nos tem proporcionado ao longo da sua carreira. Contudo, este disco transporta-nos ainda para territórios poéticos e musicais de alguma forma inéditos na obra do cantor português e que ilustrarão, seguramente, os seus futuros “best of” – um conjunto de temas que pode muito bem representar aquele que tem sido o “nosso” quotidiano na presente década.
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O que é a Síndrome de Estocolmo?
A Síndrome de Estocolmo foi identificada a partir de uma situação criminosa real, em 23 de agosto de 1973 quando houve um assalto bancário em Estocolmo na Suécia, e houve resistência por parte dos reféns em meio às estratégias de resgate da polícia local.
Durante o evento, tanto as vítimas como os carrascos desenvolveram laços emocionais no meio do caos, tendo sido replicado este comportamento em inúmeras situações de rapto e sequestro em diversos países.
Basicamente, a Síndrome de Estocolmo acontece quando há um longo período de exposição da vítima com o seu opressor, gerando-se laços afetivos que se desdobram em amizade (e em alguns casos até em amor). A teoria é que isso acontece em razão do isolamento da vítima face a um cenário de sequestro onde existe o medo constante.
Por vezes, a vítima passa a encarar a figura do seu opressor como alguém com atitudes comuns e até amistosas, gerando simpatia e sentimentos positivos.
Este assunto já foi retratado também em muitos filmes e livros, como por exemplo na série espanhola La Casa de Papel. A Síndrome de Estocolmo apesar de se tratar de um tópico intrigante não só na ficção foi interpretada em um cenário real pelo criminalista Nils Berejot – que participou das negociações de Estocolmo em 1973.