Brasil foi o país com maior crescimento na venda de livros em 2015
Em 2016, o Brasil foi apanhado com uma notícia surpreendente mas muito positiva: as vendas de livros em território brasileiro cresceram! E não estamos a falar de um crescimento pouco significativo. De acordo com as estatísticas da Nielsen, OpenBook e GfK (divulgadas durante a abertura da feira do Livro de Londres 2016), o Brasil foi, na verdade, o país onde as vendas de livros mais cresceram em todo o mundo.
Esta tendência já tinha dado sinais de crescimento em 2014, quando foi registado que as vendas de livros no Brasil tinham aumentado 14,4% face ao ano anterior. Em 2015, o crescimento voltou a ser notado, desta vez com uma percentagem que se manteve nos 10,7%. Um excelente número para o mercado brasileiro.
Apesar de na Feira do Livro de Londres não terem sido revelados dados relativos ao mercado literário em Portugal, a diretora do evento, Jacks Thomas, apresentou números referentes ao mercado britânico que podem dar uma luz sobre o que se passará no mercado português. Uma vez que o Reino Unido foi “um dos poucos países europeus a registar crescimento” na venda de livros em 2015, podemos presumir que Portugal não tenha conseguido, infelizmente, um crescimento significativo.
Entretanto, foram revelados outros números interessantes. Um deles, por exemplo, sobre por que razão está por detrás do crescimento das vendas. Isso acontece principalmente porque os livros infantis funcionam como um bom motor. Não importa que tipo de formato é comprado – papel, versão digital ou áudio – os livros infantis venderam mais 5% em 2015 do que em 2014, somando receitas na ordem dos 2,8 mil milhões de euros.
Brasil: venda de livros cresce… mas não do digital
Entretanto, regressamos ao crescimento das vendas de livros no Braisl. Enquanto alguns indicadores mostram dados positivos, outros mostram que o mercado do livro digital no Brasil está a registar um crescimento mais lento, seguindo a mesma tendência que se tem registado nos Estados Unidos.
Basta olharmos para os números para percebermos o ritmo do crescimento. Em 2010, o mercado dos livros digitais nos EUA conseguiu mais de 500 mil dólares, um número que em 2014 já atingia proporções diferentes, alcançado os 2,3 milhões de dólares. Mas se esperava um crescimento expressivo para 2015, seguindo a mesma linha de crescimento exponencial, então desengane-se porque não foi isso que aconteceu.
Em 2015, o crescimento ficou-se pelos 2,4 milhões de dólares, ou seja, manteve-se praticamente inalterado. Isto reflete que as expectativas para 2020 poderão não ser nada boas, prevendo mesmo que as vendas do livro digital sofram uma queda que ronde o 1,1 milhão de dólares.
Segundo declarações de Marcos da Veiga Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros do Brasil, não há dados oficiais sobre as vendas de livros digitais no Brasil. Mesmo assim, tendo em contas as estimativas do mercado, nunca houve também um “crescimento exponencial constante”.
Para André Palme, membro da comissão do livro digital na Câmara Brasileira do Livro, a razão para o Brasil ainda não ter chegado ao mesmo ponto de “estagnação” dos Estados Unidos é explicada pela falta de consolidação do mercado brasileiro. Enquanto nos EUA o mercado do livro digital tem uma representatividade entre 20 a 25%, no Brasil as vendas ainda se ficam pelos 3 a 5%.
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