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Hans Christian Andersen: o pai das histórias de encantar

Hans Christian Andersen

Hans Christian Andersen: o pai das histórias de encantar

by Eduardo Aranha

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Todos conhecem as histórias de Hans Christian Andersen.  Desde pequenos que ouvimos histórias como o Patinho Feio, a Pequena Sereia, a Vendedora de Fósforos e o Soldadinho de Chumbo. O que talvez não conheça é a história do autor que deu vida a todas estas personagens e histórias de encantar.

Estamos na Dinamarca, em 1805, quando nasce na cidade de Odense o pequeno Hans Christian. O pai, que trabalhava como sapateiro, não tinha dinheiro suficiente para ajudar o filho a prosseguir os estudos mas estimulou o gosto pela literatura. Ao filho, começou a ler As Mil e Uma Noites ainda antes de Hans entrar numa escola básica para crianças pobres.

A partir do momento em que o pai de Hans Christian Andersen morre o rapaz, então com 11 anos, começa a trabalhar. Os trabalhos que aceitou como assistente de um tecelão e, mais tarde, de um alfaiate, permitiam-no ganhar algum dinheiro mas não o sucesso profissional que esperava. Aos 14 anos decide dar um passo maior e muda-se para Copenhaga para encontrar trabalho como ator.

Graças à sua excelente voz como soprano, consegue um lugar no Teatro Real Dinamarquês… mas esta não é uma posição fixa. Quando a sua voz começa a mudar, Hans Christian Andersen perde o seu ligar e, por sugestão de um colega, começa a prestar mais atenção à poesia.

Hans Christian Andersen: escrever histórias… para crianças

Pouco depois de publicar a sua primeira história – O Fantasma do Túmulo Palnatoke – o diretor do Teatro Real Dinamarquês decide enviá-lo para uma escola de gramática em Slagelse. O própruio Rei Frederick VI ajudou a pagar a educação do jovem Christian. Ainda assim, como o escritor veio a recordar mais tarde, este foi um período negro e depressivo da sua vida.

Em 1829, quando começa a estudar na Universidade de Copenhaga, consegue então alcançar sucesso pela primeira vez com uma pequena história. O reconhecimento internacional só vem em 1835, quando lança o romance O Improvisador.

 

Contudo, apesar de ter escrito diversos romances adultos, livros de poesia e relatos de viagens, foram as histórias de encantar que fizeram de Hans Christian Andersen o homem pelo qual é hoje relembrado. O autor tornou-se especialmente popular por se ter virado para um nicho do mercado literário pouco explorado: a literatura infantil. Até então eram muito raros livros voltados especificamente para crianças.

De acordo com vários historiadores, Hans Christian Andersen foi a “primeira voz autenticamente romântica a contar histórias para as crianças”. O autor também procurava sempre passar padrões de comportamento que deveriam ser adotados pela nova sociedade que se organizava, demonstrando confrontos entre “poderosos” e “desprotegidos”, “fortes” e “fracos”, “exploradores” e “explorados”. De uma forma talentosa, procurava demonstrar a consciência de que todos os homens devem ter direitos iguais.

Entre 1835 e 1842, Andersen lançou seis volumes de , livros com histórias infantis traduzidos para diversos idiomas. A partir daí começa a escrever contos infantis até 1872, chegando à marca de 156 histórias. Muitas destas histórias são baseadas na tradição popular, especialmente nos contos que ouvia quando era criança.

No final de 1872, Hans Christian Andersen ficou muito doente e permaneceu com a saúde debilitada até 4 de agosto de 1875, quando faleceu, em Copenhaga.

Graças à sua contribuição para a literatura infanto-juvenil, a data de seu nascimento, 2 de abril, é hoje o Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil. Além disso, o mais importante prémio internacional do género tem o seu nome. Anualmente, a International Board on Books for Young People (IBBY) oferece a Medalha Hans Christian Andersen aos maiores nomes da literatura infanto-juvenil.

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