Home / Clássicos da Literatura /

Jane Austen: os amores que escreveu e os que ficaram por viver

Jane Austen: os amores que escreveu e os que ficaram por viver

by Eduardo Aranha

Share this article

    

Todos os amantes de literatura já ouviram falar de Jane Austen, uma das mais célebres autoras britânicas de sempre. Apesar de conhecermos obras como Orgulho e Preconceito, Sensibilidade e Bom Senso e Emma, é estranho constatar que a informação de que realmente dispomos sobre a própria autora é muito escassa. Porém, é isso mesmo que acontece. O que sabemos hoje provém de correspondência privada de Jane Austen e de relatos de familiares e amigos com quem se cruzou.

Jane Austen terá nascido no final de 1775, no dia de 16 de dezembro, no Hampshire, Inglaterra. Era a sétima filha do reverendo anglicano George Austen e da esposa, Cassandra. Dos irmãos, sabe-se que Jane era muito próxima de Henry, um bancário fracassado convertido à igreja, que terá sido o seu agente literário.

orgulho-e-preconceito-mundo-de-livrosNo entanto, não havia ninguém mais próximo de Jane do que Cassandra, a sua única irmã, que ao longo dos anos se manteve sempre como sua melhor amiga e confidente. Aliás, as cartas que as duas irmãs Austen trocaram permitem-nos hoje entrever alguns aspetos da vida da autora. Os fãs de Austen vão perceber facilmente que esta relação inspirou grande parte da obra literária da autora.

Afinal de contas, a relação entre as irmãs Bennet, em Orgulho e Preconceito, e entre as irmãs Dahswood, em Sensibilidade e Bom Senso, poderá ter sido facilmente inspirada na relação que Jane Austen mantinha com a sua irmã.

A educação da escritora inglesa foi muito dispersa. Consta-se que em 1783 se terá mudado com a irmã para uma casa em Southampton, para prosseguir os estudos sob a tutela de uma tal Sra. Cawley. Porém, uma epidemia obrigou-as a regressar à casa da família. Mais tarde, estudaram num colégio interno em Reading, onde Jane Austen encontrou a inspiração para escrever Emma. De resto, acredita-se que a educação tenha sido essencialmente doméstica e familiar, acontecendo entre os livros da grande biblioteca do pai.

Os (des)amores de Jane Austen

Apesar de ter escrito frequentemente sobre amor, com pitadas de sátira e crítica social, Jane Austen nunca casou… embora não lhe tivessem faltado oportunidades para tal. Pela altura da sua morte, tal como aconteceu com a irmã Cassandra, continuava solteira, dedicando-se às histórias que tinha passado para o papel.

 

O mais emblemático romance aconteceu com um jovem irlandês, parente de uma amiga da autora, denominado Thomas Lefroy. Pelo que sabemos das cartas de Austen, o romance terminou algures em 1976 – quando Jane tinha cerca de 20 anos. Isto porque Lefroy não tinha dinheiro suficiente para casar.

Em 1800, durante a época que passava com a família em Bath, Jane Austen terá também conhecido um jovem por quem se apaixonou. Apesar de terem combinado encontrar-se outra vez, o pretendente morreu de doença antes de tal encontro.

Em 1802, Jane Austen chegou a estar noiva, mas historiadores acreditam que o noivado foi de pouca duração, provavelmente de apenas algumas horas. Se a informação que nos chega hoje estiver certa, então este estranho noivado terá acontecido enquanto Jane Austen estava instalada na casa de amigos da família, perto de Steventon. O pretendente, um tal de Harrys Bigg-Wither, terá ganho coragem para a pedir em casamento. Austen, na altura com cerca de 27 anos, terá aceite o pedido de noivado mas, arrependida da decisão, rompeu o compromisso no dia seguinte.

Jane Austen publicou o seu primeiro livro Sensibilidade e Bom Senso em outubro de 1811, assinando apenas com “By A Lady” (Por Uma Senhora). Seguir-se-iam mais cinco romances até adoecer, em 1816. Pela altura da sua morte, aos 41 anos, estava a escrever o seu sétimo romance, Sanditon, que nunca foi acabado. A fama que lhe foi reconhecida em vida foi apenas uma pequena fatia do reconhecimento que chegou postumamente.

Pode encontrar todas as obras de Jane Austen na Amazon ou na Fnac

POSTS RELACIONADOS

Share this article

Leave a comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *