História da Eternidade de Jorge Luis Borges: o tempo infinito e finito
Esgotado há alguns anos, o livro História da Eternidade, de Jorge Luis Borges, regressa às livrarias com nova imagem de capa, que utiliza os elementos do tríptico das Tentações de Santo Antão de Hieronymus Bosch. É uma reflexão sobre o tempo, o infinito e o finito, entre outras questões que só abrem as portas para a admirável sabedoria de um dos grandes autores do mundo.
É um livro para saborear e apreciar com calma e dedicação. Nada melhor que desfrutar de um bom livro com uma caneca de chá, e se é personalizada torna o momento ainda mais especial.
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Para Platão, o tempo era uma imagem em movimento da eternidade. Borges cita o filósofo no início deste livro. O texto que dá o título a História da Eternidade ocupa-se do tempo e da sua negação e examina os dois conceitos opostos da eternidade: a alexandrina, de raiz platónica, e a cristã, nascida com a doutrina trinitária e formalizada por Santo Agostinho.
Outras passagens deste volume são digressões luminosas que apresentam quer a doutrina de Nietzsche sobre o eterno retorno, quer as ideias sobre o movimento da história – pequenos tratados de filosofia e literatura.
Ao mencionar a essência do tempo e as nossas perplexidades, Borges dá como exemplo o caso dos tradutores de As Mil e Uma Noites, que nunca encontraram uma única versão definitiva. História da Eternidade, cuja primeira edição data de 1936, anuncia os contornos do génio de Borges e a sua presença no cânone da literatura do século XX.
Disponível nas livrarias online com tradução de José Colaço Barreiros.
Crítica internacional sobre o livro História da Eternidade
«Borges dá-nos aulas de literatura que ninguém escuta. E lições de humor que todos pensam que entendem mas ninguém compreende.» – Roberto Bolaño
«Ao permitir que o infinito entrasse e distorcesse a sua imaginação, Borges ergueu a ficção da terra plana, onde a maioria dos nossos romances e contos ainda acontece.» – John Updike
Quem foi Jorge Luis Borges?
Jorge Luis Borges nasceu em Buenos Aires, em 1899. Cresceu no bairro de Palermo, “num jardim, por detrás de uma grade com lanças, e numa biblioteca de ilimitados livros ingleses”.
Em 1914 viajou com a família pela Europa, acabando por se instalar em Bruxelas, e posterior- mente em Maiorca, Sevilha e Madrid. Regressando a Buenos Aires, em 1921, Borges começou a participar ativamente na vida cultural argentina.
Em 1923, publicou o seu primeiro livro – Fervor de Buenos Aires – mas o reconhecimento internacional só chegou em 1961, com o Prémio Formentor, seguido por inúmeros outros.
A par da poesia, Borges escreveu ficção (é sem dúvida um dos nomes maiores do conto ou da narrativa breve), crítica e ensaio, géneros que praticou com grande originalidade e lucidez.
A sua obra é como o labirinto de uma enorme biblioteca, uma construção fantástica e metafísica que cruza todos os saberes e os grandes temas universais: o tempo, «eu e o outro», Deus, o infinito, o sonho, as literaturas perdidas, a eternidade – e os autores que deixam a sua marca.
Foi professor de literatura e dirigiu a Biblioteca Nacional de Buenos Aires entre 1955 e 1973. Morreu em Genebra, em junho de 1986.
Dados técnicos do livro História da Eternidade
Género: Literatura / Contos
Formato: 12,8 x 19,8 cm
N.º de páginas: 144
Data de lançamento: 11 de agosto de 2022
PVP: € 14,40
ISBN: 9789897228438