Novos estudos provam que ler faz bem e dá vida longa
Como se ler já não fosse bom por si só, cientistas levaram recentemente a cabo uma investigação que parece encontrar uma associação entre ler e a longevidade. Usando dados de 3635 pessoas, mais de 50 investigadores descobriram que as pessoas que lêem até três horas e meia por semana diminuíram em 17% a probabilidade de morrer ao longo dos 12 anos observados pelo estudo. Entretanto, aqueles que lêem mais do que três horas por semana têm 23% menos probabilidade de morrer.
De acordo com Becca R. Levy, professora de epidemiologia na Universidade de Yale, em declarações ao New York Times: “As pessoas que leem pelo menos meia-hora por dia têm uma vantagem de sobrevivência significativa sobre aqueles que não leu.” Isto parece provar definitivamente que ler faz bem e não apenas ao nosso cérebro.
A razão por que as pessoas que leem mais parecem viver mais tempo não foi explicada na versão resumida do relatório de investigação. No entanto, vários estudos mostram que os níveis de alfabetização podem de facto afetar vários aspectos da vida de uma pessoa, nomeadamente o seu bem-estar económico, situação familiar e saúde mental.
É esta mesma ideia que reforça um estudo da Prison Reform Trust, em 2008, que mostrou que 48% dos prisioneiros britânicos tinham um nível de alfabetização igual ou inferior ao Nível 1, sugerindo assim uma ligação entre a criminalidade e o analfabetismo.
Ler faz bem à sua vida profissional
Mas não nos ficamos só por aqui. Uma investigação levada a cabo por um grupo de investigadores da Universidade de Pádua, em Itália, revelou que crianças que crescem rodeadas de livros se saem melhor na vida adulta.
Os investigadores recolheram dados de homens com idades entre 60 e 96 anos, oriundos de nove países europeus e avaliaram os livros que fizeram parte da leitura dessas pessoas durante a infância. A recolha destes dados permitiu aos investigadores perceber que as crianças que leram voluntariamente mais de dez livros (as leituras obrigatórias para a escola não contam), tinham salários 21% melhores do que os restantes.
Todavia, o salário da vida adulta não é o única vantagem de se crescer entre livros. “Crianças que crescem em casas com livros têm mais hipóteses de aprender sobre a vida e o universo, e têm novas experiências a partir das obras”, explicou o investigador Guglielmo Weber em declarações prestadas ao Quartz.
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