Prémio Booker Man: uma distinção que se alargou a todos
Todos os anos inúmeros autores vêm as suas obras ser distinguidas com aqueles que são os prémios máximos da literatura. Apesar do Prémio Nobel da Literatura continuar a ser, sem sombra de dúvidas, o prémio dos prémios, existem algumas outras distinções de igual mérito e reputação que são suficientes para consagrar e imortalizar escritores e os seus trabalhos.
O Prémio Man Booker, que se torna cada vez mais conhecido como Prémio Booker, é um desses prémios. Criado em 1968, distingue apenas obras de romance e ficção que estejam escritas na língua inglesa e que pertençam a autores que sejam cidadãos de um país membro da Commonwealth, da República da Irlanda ou do Zimbabwe.
A sociedade Booker-McConnell foi a responsável pela criação deste prémio. Com o objetivo de elevar os melhores textos originais em língua inglesa, o Prémio Man Booker recompensava o vencedor, nas suas primeiras edições, com 21 mil libras esterlinas. O prémio, a partir de 2002, passou no entanto a ser mais generoso ainda: 50 mil libras. Isto sem contar, claro, com o aumento de vendas associado intrinsecamente ao autor que for premiado.
Ainda que em 2002 se tenha assistido a uma mudança mais profunda para além do aumento da recompensa monetária, nomeadamente a transferência da gestão do prémio para a Fundação Booker Prize, algumas tradições mantiveram-se. Todos os anos, a fundação continua a publicar duas listas de seleção de escritores e obras candidatas: a curta e a longa. Mesmo que apenas os títulos que figurem na curta sejam candidatos efetivos, qualquer obra e autor que surja na lista mais restrita recebe grande atenção e, sem dúvida, uma reputação invejável.
De forma a alargar-se à comunidade internacional, o Booker Man decidiu ainda criar, em 1992, um prémio que distingue a literatura russa e, em 2005, o Prémio Internacional Man Booker, que se dirige a todos os autores que estejam vivos. Não importa se a obra é escrita em inglês ou não ou de que nacionalidade é o escritor.
Eis uma lista dos 47 vencedores do Prémio Man Booker até à data:
1969 – Something to Answer For de P. H. Newby
1970 – The Elected Member de Bernice Rubens
1971 – In a Free State de V. S. Naipaul
1972 – Experimental de John Berger G.
1973 – The Siege of Krishnapur de J. G. Farrell
1974 – The Conservationist de Nadine Gordimer
1975 – Heat and Dust de Ruth Prawer Jhabvala
1976 – Saville Novel de David Storey
1977 – Staying On de Paul Scott
1978 – The Sea, the Sea Philosophical de Iris Murdoch
1979 – Offshore de Penelope Fitzgerald
1980 – Rites of Passage de William Golding
1981 – Midnight’s Children de Salman Rushdie
1982 – Schindler’s Ark de Thomas Keneally
1983 – Life & Times of Michael K de J. M. Coetzee
1984 – Hotel du Lac de Anita Brookner
1985 – The Bone de Keri Hulme
1986 – The Old Devils de Kingsley Amis
1987 – Moon Tiger de Penelope Lively
1988 – Oscar and Lucinda de Peter Carey
1989 – The Remains of the Day de Kazuo Ishiguro
1990 – Possession de A. S. Byatt
1991 – The Famished Road de Ben Okri
1992 – The English Patient de Michael Ondaatje
1993 – Paddy Clarke Ha Ha Ha de Roddy Doyle
1994 – How Late It Was, How Late de James Kelman
1995 – The Ghost Road War de Pat Barker
1996 – Last Orders de Graham Swift
1997 – The God of Small Things de Arundhati Roy
1998 – Amsterdam de Ian McEwan
1999 – Disgrace de J. M. Coetzee
2000 – The Blind Assassin de Margaret Atwood
2001 – True History of the Kelly Gang de Peter Carey
2002 – Life of Pi de Yann Martel
2003 – Vernon God Little de DBC Pierre
2004 – The Line of Beauty de Alan Hollinghurst
2005 – The Sea de John Banville
2006 – The Inheritance of Loss de Kiran Desai
2007 – The Gathering de Anne Enright
2008 – The White Tiger de Aravind Adiga
2009 – Wolf Hall de Hilary Mantel
2010 – The Finkler Question de Howard Jacobson
2011 – The Sense of an Ending de Julian Barnes
2012 – Bring Up the Bodies de Hilary Mantel
2013 – The Luminaries de Eleanor Catton
2014 – The Narrow Road to the Deep North de Richard Flanagan
2015 – A Brief History of Seven Killings de Marlon James