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Maze Runner: a distopia adolescente que enfrenta o medo pelo desconhecido

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Maze Runner: a distopia adolescente que enfrenta o medo pelo desconhecido

by Eduardo Aranha

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O que fazias se acordasses de repente dentro de um elevador em andamento, sem qualquer recordação de tudo o que te aconteceu? Este é o início do livro Maze Runner – Correr ou Morrer que nos apresenta pela primeira vez a história de Thomas, um rapaz que vê a sua vida completamente alterada – ainda que não se recorde do passado – ao submergir de um elevador para aquele que é um labirinto cheio de perigos e inimigos.

Em setembro de 2014, quando o filme Maze Runner chegou ao cinema, vi o trailer na Internet e não demorei a ficar interessado na história. Andava numa onda de ler distopias Yound Adult, como The Hunger Games e Divergent, e portanto Maze Runner parecia-me um bom descendente destas duas sagas.

Não tardei muito a assegurar a minha cópia do livro e a ler a história de uma ponta à outra, mesmo a tempo de ir ver a adaptação cinematográfica num dos primeiros dias após a estreia. O facto do livro contar com uma ação rápida e emocionante, distribuída em capítulos curtos, proporcionou uma leitura rápida e divertida.

Mas o que retrata realmente o livro Maze Runner, de James Dashner? Não é surpreendente perceber que este livro se apresenta no género de distopia e Young Adult, dois géneros que têm crescido nos últimos anos. Muito semelhante a sagas a outras sagas que apelam ao mesmo público, o livro de James Dashner consegue cativar e mostrar uma faceta ainda mais negra dentro do género. A escrita é simples, própria para jovens leitores, mas a história consegue tornar-se complexa, cheia de mistérios que exigem ser resolvidos.

Você encontra todos os livros mencionados neste artigo nos seguintes sites:

LIVRARIA SARAIVA

AMAZON BRASIL

LIVRARIA CULTURA

FNAC BRASIL

FNAC PORTUGAL

 

SUBMARINO

Maze Runner: conheça um pouco do enredo

Retomemos então à sinopse do livro Maze Runner – Correr ou Morrer. Ao acordar dentro de um elevador, a única coisa de que Thomas se lembra é do seu nome. Tudo o resto parece ter sido misteriosamente apagado da sua mente. Todavia, quando o elevador termina a ascensão e Thomas surge num espaço conhecido como a Clareira, percebe que faz parte de algo maior e inexplicável. A sua tentativa frustrada e desesperada para se descobrir a si mesmo, e tentar perceber o seu papel num jogo maior, faz parte da angústia deste livro.

Na Clareira, um grupo de rapazes de diferentes idades está pronto para o receber. Na verdade, já nenhum deles estranha a sua chegada, sabendo que faz parte da rotina. É frequente chegarem novos rapazes (sim, apenas rapazes), um a um, a cada trinta e cinco dias. Os novos rapazes chegam sempre sem qualquer recordação das suas vidas passadas e rapidamente entram no ritmo do dia-a-dia da Clareira.

A Clareira é o espaço que marca o centro do labirinto: uma estrutura gigantesca com muros muito altos, feitos de pedra. Nenhum dos rapazes percebe o que lhes está a acontecer, mas todos sabem (ou suspeitam) que o segredo passa por conseguir resolver o labirinto e encontrar uma saída. Todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca abrem-se, e à noite fecham-se: quem fica fechado uma noite no seu interior nunca regressa, devorado pelas terríveis criaturas que surgem ao anoitecer.

Ainda assim, o grupo de rapazes faz o seu melhor para resolver o labirinto. Todos os dias um grupo de Runners parte da Clareira e mergulha no labirinto, testando novos caminhos, tentando encontrar novas pistas, sempre à procura de uma saída… Thomas não tarda a juntar-se a eles.

Todavia, uma reviravolta que ninguém antevia sucede-se quando o elevador chega mais cedo do que o costume. E desta vez não transporta um rapaz, mas sim uma rapariga. Teresa, tal como os outros, não tem qualquer recordação da vida fora do labirinto mas traz consigo algo de novo: uma mensagem. De quem? Os rapazes não conseguem perceber, mas será de certo dos responsáveis por detrás do labirinto.

A mensagem é curta: labirinto tem de ser resolvido, caso contrário morrerão. As provisões alimentares enviadas regularmente vão cessar. É aqui que começa a verdadeira aventura: será que o grupo conseguirá quebrar o labirinto? Será que todos sobreviverão? E, acima de tudo, o que lhes espera além da saída?

É interessante perceber que este parece ter sido um livro escrito já para um público segmentado e com a ideia de lucrar milhões com uma adaptação cinematográfica. Quando o primeiro livro da série saiu, o autor James Dashner vendeu rapidamente os direitos à 20th Century Fox, que se pronunciou imediatamente sobre o interesse em adaptar o livro.

O livro Maze Runner – Correr ou Morrer foi sucedido por duas sequelas, nomeadamente As Provas de Fogo e A Cura Mortal. Duas prequelas, Ordem de Extermínio e O Código da Febre surgiram também mais tarde, assim como o livro Arquivos que pode ser usado como companion e permite ao leitor ler e-mails e documentos privados de uma organização que assume grande importância na história.

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