Segredo do Wikileaks: dois jornalistas à procura de respostas
Em 2010, rebentou o escândalo do Wikileaks: informações confidenciais apareceram de repente na Internet e lançaram um debate global sobre as atividades de espionagem levadas a cabo pelos EUA. Para entendermos tudo isto e percebermos o impacto que a plataforma de Julian Assange causou, fazemos uma breve análise à história da Internet e ao meio de que dispomos hoje.
Hoje, o mundo é pequeno, quase tão pequeno como uma aldeia onde todos se conhecem, onde podemos contactar qualquer pessoa numa questão de segundos, mesmo que esteja a milhares de quilómetros de distância. É à Internet que devemos este fenómeno, por ter facilitado o acesso ao conhecimento.
No início, estávamos nós algures na Guerra Fria, a Internet foi criada para fins militares. O projeto era básico: uma rede de computadores, ainda numa fase embrionária, tinha como objetivo facilitar a troca de informação entre as diferentes bases espalhadas pelos Estados Unidos. Era o método perfeito para salvaguardar a informação: caso um bombardeamento danificasse um dos computadores, a informação continuaria a salvo nos restantes.
Mas nem tudo na Internet é claro. A web foi usada como um instrumento e hoje está por detrás de alguns dos momentos mais marcantes da história. Mas há histórias que não são conhecidas de todo, entre os quais se ocultam dados e operações que se mantiveram confidenciais, conhecidos apenas entre os níveis superiores da esfera política, económica e militar.
Até que o Wikileaks derrubou esta fronteira.
O Segredo do Wikileaks: os mistérios do mundo reunidos num livro
Abril, 2010. O WikiLeaks – fundado em 2006 – publica na sua página uma grande quantidade de informação retida em documentos oficiais dos Estados Unidos. Assumindo-se como ‘instituição transnacional sem fins lucrativos’, a plataforma tem desde então feito de tudo para revelar o lado oculto do poder, usando a Internet para se expressar.
Entre as revelações mais chocantes feitas pela Wikileaks encontra-se um vídeo que mostra um ataque de um helicóptero norte-americano à cidade de Bagdad, que resultou na morte de 12 pessoas, entre as quais dois jornalistas da agência Reuters. A divulgação de um manual com instruções sobre como tratar os prisioneiros da prisão cubana de Guantánamo, administrada pelos Estados Unidos da América, também gerou alguma controvérsia.
Entre os muitos curiosos com as divulgações feitas pelo Wikileaks, estiveram David Leigh e Luke Harding, dois jornalistas que fizeram de tudo para aceder a informação e privilegiada e contactar alguns dos protagonistas deste escândalo, entre os quais o próprio fundador da plataforma, Julian Assange. O trabalho de investigação que fizeram foi compilado no livro .
Faça a sua encomenda d’s e dê um passo para o mundo da espionagem do século XXI. Através de uma escrita cativante, poderá assistir a uma réplica muito fiel de alguns dos diálogos que marcaram este escândalo.