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7 livros com mapas incríveis de lugares fictícios

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7 livros com mapas incríveis de lugares fictícios

by Eduardo Aranha

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Se gosta do género de ficção e fantasia então este é o post certo para si. O género de ficção leva-nos frequentemente a cenários de outros mundos, por vezes com características naturais muito próprias, que se tornam mais vívidas à medida que as personagens vão trilhando as suas histórias. Na literatura, é frequente que esses lugares sejam representados em belíssimos mapas que surgem no início ou final de um livro.

Embora este possa ser um elemento estranho para alguns leitores que não estão habituados a ler livros de ficção e fantasia, a verdade é que os mapas são um instrumento extremamente valioso para a leitura. Como seria possível entender O Senhor dos Anéis sem um mapa que ajude a perceber geograficamente a jornada de Frodo e da Irmandade do Anel? E o n’ As Crónicas de Gelo e Fogo todos as guerras e traições parecem mais simples de entender quando percebemos onde está cada personagem.

Neste post, decidi por isso honrar alguns dos títulos mais importantes da literatura de ficção e fantasia mas sobre uma perspetiva mais cartográfica. Conheça 7 livros com mapas fictícios, um pouco da história por detrás desses mesmos mapas e deixe-se levar de novo para estes universos alternativos.

7 livros com mapas incríveis de lugares fictícios

George R. R. Martin seguiu as pisadas de grandes nomes da literatura de fantasia e terror. Fã assumindo d’O Senhor dos Anéis, o autor norte-americano admitiu mais do que uma vez que a obra de Tolkien teve uma grande influência sobre o seu trabalho. Portanto, ao criar o universo de , percebeu que precisava de um mapa para que os seus leitores tivessem uma noção da distância geográfica que separa algumas personagens. Os mapas mais conhecidos deste universo são aqueles que nos mostram os Sete Reinos, de Norte a Sul, com todas as grandes cidades e pequenos povoados ajuramentados às sete famílias principais que governam Westeros. Para este post, escolhi um que foi realizado após o lançamento da série Game of Thrones da HBO mas que demonstra a dimensão desta universo. A ação principal decorre naquele “pequeno continente”, que surge do lado esquerdo, que se dá pelo nome de Westeros.

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Mas este mapa vai mais longe e mostra-nos Essos e os territórios onde em tempos se ergueu a antiga civilização de Valíria assim como o mar verde dos Dothraki, as Cidades Livres e a Baía dos Escravos onde, nos últimos livros, a irreverente Daenerys tem imposto a sua visão mais justa do mundo.

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Um dos meus mapas preferidos relativos à série surge no segundo livro (versão inglesa) de George R. R. Martin. Como podem ver, em vez de se focar no reino, o mapa mostra-nos a cidade de Porto Real, onde se ergue a Fortaleza Vermelha e o Trono de Ferro. Deixo aqui o mapa que, mesmo não sendo conhecido das edições portuguesas e brasileiras da saga, merece ser apreciado por todos os que gostarem da série.

J. R. R. Tolkien foi um mestre incansável da literatura de fantasia. Desde os seus dias em Oxford que começou a formular uma história grandiosa, que acontecia num local chamado Terra Média e que era tão vasto que merecia pelo menos um mapa. A questão é que, com o tempo, Tolkien percebeu que a sua imaginação ia muito além da história de . Ao formular as próprias raízes deste universo, trilhou uma cronologia histórica que vai desde o momento em que os Deuses nascem até Frodo partir para os Portos Cinzentos. É assim que cria mapas relativos aos primeiros dias da Terra Média, que podem facilmente ser encontrado em e faz novos mapas, visto que a Terra Média mudou toda a sua configuração após uma catástrofe no final da Primeira Era.

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Mais do que um guia para entender a história, acredito que os mapas de Tolkien são um símbolo a todo o trabalho que executou para a sua obra literária. Para mim, J. R. R. Tolkien foi o escritor que provou que basta ter imaginação, uma caneta e papel para brincarmos aos deuses e construirmos toda uma realidade. É que Tolkien foi mais longe e criou inúmeros idiomas para as raças da Terra Média e até mesmo alfabetos rúnicos, como podem ler neste post.

Antes das adaptações cinematográficas e de Dorothy viajar para a Terra de Oz e cantar Somewhere Over The Rainbow foi o escritor Frank L. Baum quem, pela primeira vez, abriu as portas deste universo. O livro , de 1900, leva-nos a um país de fantasia com um formato muito peculiar: um retângulo. Bem no centro está a Cidade Esmeralda, para onde Dorothy parte ao longo da história em busca da ajuda do Feiticeiro.

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A terra de Oz foi uma das muitas que o autor norte-americano explorou nos seus livros infantis mas foi, no entanto, a que mais popularidade ganhou com o tempo. Após o primeiro livro, Oz foi crescendo tanto na história como na criatividade de Frank L. Baum. Juntamos aqui o mapa deste clássico que prima pela simplicidade.

O bem conhecido autor norte-americano William Faulkner criou um condado fictício nos Estados Unidos da América que é o palco de toda a sua obra literária a partir da publicação de Sartoris, à exceção de 3 títulos. Tal região, a que o autor dá o nome de Condado de Yoknapatawpha, foi baseada e inspirada no Condado de Lafayette, no Estado do Mississípi e tem a sua própria história.

Yoknapatawpha

O nome peculiar, que parece soar pouco americano, deriva de duas palavras Chickasow – Yocona e petopha – que, juntas, significam Terra Dividida. Este nome era, na verdade, o primeiro nome pensado para o atual Rio Yocona. Em Absalom, Absalom o condado que já se tornava conhecido dos leitores ganhou pela primeira vez uma forma ao ser incluído um mapa no final do livro.

Eragon

Um dos clássicos da literatura fantástica da minha adolescência foi a Saga Herança, de Christopher Paolini. No primeiro livro, Eragon, somos introduzidos a um universo de dragões assim como a uma história que começa a ser contada por um jovem escritor que, aquando do lançamento do primeiro volume da saga, tinha apenas 16 anos. Por isso faz sentido incluir neste post o extenso mapa de Algaësia, o mundo da história de Eragon e dos Cavaleiros Dragão.

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O mapa, desenhado por John Jude Palencar, inspirou-me a criar mapas para as minhas próprias histórias. Enquanto lia os livros, relembro-me que de capítulo para capítulo saltava sempre para o início para procurar o nome da vila onde Eragon vivia e acompanhar cada ponto por onde passava na sua jornada rumo ao Sul, onde esperava encontrar refúgio para si e para a sua dragão, Saphira. Ao investigar, confirmei ainda um detalhe que todos os que leram a obra devem apreciar: um dos locais da saga chama-se Vale de Palancar e foi batizado exatamente em homenagem ao ilustrador do mapa e das capas dos 4 livros.

As Crónicas de Nárnia

Não é surpresa nenhuma perceber que também As Crónicas de Nárnia tiveram direito ao seu próprio mapa. Afinal de contas, J. R. R. Tolkien e C. S. Lewis eram grandes amigos e discutiram inúmeras vezes as suas obras à medida que iam ganhando forma. Mesmo que Nárnia não seja tão complexo como o mundo que Tolkien criou, os mapas acabam por ajudar os leitores a perceber o mundo dentro do guarda-roupa.

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Uma vez que as histórias mudam muito de livro para livro, podemos encontrar mapas diferentes de Nárnia nos livros, ajustados à ação que acontece nas páginas. Um dos meus favoritos é o do livro O Leão, a Bruxa e o Guarda-Roupa porque será para sempre o mapa icónico de Nárnia e da primeira aventura vivida pelos irmãos Pevensie.

Por fim, decido encerrar esta lista com um livro de fantasia que li recentemente e que me deixou fascinado quer pela história em si, quer pelas personagens. Numa altura em que acreditava que já nada de novo se podia escrever dentro do género da fantasia, tropecei em , de Robin Hobb, e numa história sobre um bastardo real, a viver num grande castelo, que é treinado para se tornar no assassino do rei. Ao intercalar drama com humor e romance, Robin Hobb criou uma história interessante que arranca logo com um mistério.

seis ducados

Para facilitar a leitura, também o livro  conta com um mapa do Seis Ducados – reino onde acontece a ação principal – e algumas das regiões das fronteiras, como o Reino da Montanha. Uma leitura fascinante e prometedora para todos aqueles que julgam que as boas histórias de fantasia já não têm nada a acrescentar.

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