Fólio: o festival que quer pôr Óbidos no circuito literário
Chama-se Fólio e é um festival de literatura que pretende colocar a cidade de Óbidos no circuito literário internacional. A primeira edição tem data marcada para o dia 15 de outubro de 2015 e estende-se até ao dia 26 do mesmo mês. Em destaque estarão os países de língua lusófona.
O festival é organizado pela Câmara Municipal de Óbidos e vai contar com a participação de cerca de 50 escritores portugueses e estrangeiros. Durante o evento, Óbidos será o ponto de confluência entre as diferentes variantes da literatura de língua portuguesa, nas suas diferentes expressões e nacionalidades.
Em entrevista à agência Lusa, Humberto Marques, presidente do município, disse que o objetivo é “firmar Óbidos no circuito nacional e internacional como uma vila literária”. O Fólio servirá também para celebrar uma série acontecimentos importantes que convergem na mesma data.
Entre as “efemérides”, destacam-se, por exemplo, a celebração dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro; os 40 anos de independência de Angola, Moçambique e Cabo Verde; os 100 da revista Orpheu; ou a comemoração do Ano Internacional da Luz.
Mais do que um festival de literatura, Fólio pretende ser um evento cultural em perfeita harmonia com a cidade. Nas palavras de Nuno Artur Silva, curador e responsável pelo evento, pretende-se fomentar “relações improváveis dos autores com o quotidiano, os seus pares e o público”.
O que é que isto significa? No fundo que, além das típicas palestras ou sessões de autógrafos, haverá também atividades alternativas – pessoas a recitar poemas nesta ou naquela esquina, pequenas apresentações de teatro e até concertos.
Entre os participantes do Fólio poderá estar o ex-presidente dos Brasil, Lula da Silva, mas a participação ainda não foi confirmada. Não sendo uma figura da literatura, este será sem dúvida um representante do lado mais internacional do festival obidense.
A palavra “fólio” vem do latim “folium” e significa folha de papiro, pergaminho ou papel. Atualmente o termo é usado para descrever qualquer tipo de caderno escrito à mão ou então para classificar o número das páginas de uma publicação.